Termo de origem italiana usado antigamente em Veneza para designar a diferença na troca entre moedas depreciadas e o metal do qual eram constituídas.
Essas trocas eram efetuadas pelos bancos de Veneza, Hamburgo, Gênova, Amsterdã e de outras cidades comerciais e financeiras, os quais fixavam o ágio em cada caso.
De forma genérica, o ágio significa um prémio resultante da troca de um valor (moedas, ações, títulos etc.) por outro.
No comércio internacional de moedas, é a diferença entre o valor nominal e o real da moeda negociada.
Ocasionalmente, o termo é utilizado para indicar um prémio pago por uma letra de câmbio estrangeira.
O ágio pode surgir também quando o preço oficial de um produto (ou preço de tabela) está fixado num nível muito baixo e sua compra só se concretiza se o interessado estiver disposto a pagar mais por essa transação. A diferença entre o preço oficial e o que o comprador realmente paga é considerada o ágio daquela transação.
Esse tipo de fenômeno ocorre quando há tabelamento ou congelamento de preços, corno aconteceu durante os planos econômicos de estabilização no Brasil durante os anos 1980 — especialmente por ocasião do Plano Cruzado, em 1986 — e no início dos anos 1990, com o Plano Collor.
O ágio pode aparecer nesse contexto também se, embora não haja congelamento, existir um forte desequilíbrio entre oferta e demanda, como aconteceu, durante os primeiros meses do Plano Real, com a aquisição de automóveis populares.
Quando em lugar de um preço maior paga-se um preço menor por um título, uma ação ou uma moeda, ocorre um “deságio”.